
data de lançamento:2025-03-11 10:09 tempo visitado:106
A mensagem subjacente do novo e estimulante livro de David Hajdumelhor site para jogar tigrinho, "The Uncanny Muse" ("A musa insólita, em português), pode ser resumida em uma palavra: controle-se.
"O medo de que as máquinas superem os humanos tem raízes profundas e vem desde a ascensão da Era Industrial", ele nos lembra (várias vezes) enquanto analisa a natureza mutante da tecnologia usada para criar música e arte visual ao longo dos últimos séculos.
Ele justifica esse foco, que evita questões contemporâneas espinhosas como o uso de IA (inteligência artificial) para espalhar desinformação, ao afirmar que "o medo de máquinas fazendo arte é especialmente profundo, por cortar uma das poucas reivindicações da espécie humana a um status especial".
tiger jogoComeçando no final do século 19 com autômatos humanoides que pareciam desenhar ou tocar instrumentos por conta própria —na verdade, eram controlados por indivíduos ocultos—, Hajdu passa de dispositivos mecânicos para equipamentos eletrônicos e digitais, considerando as muitas maneiras como as pessoas têm usado máquinas como ferramentas de criação artística e, nas últimas décadas, programando-as para criar arte de forma independente.
Ele se esforça para refutar a crítica antiga de que a arte feita com máquinas é fria, sem alma e artificial. Ele argumenta que, na verdade, as máquinas possibilitaram novas formas radicais de arte, empoderaram comunidades marginalizadas e serviram como instrumentos de mudança cultural.
Os capítulos sobre música mostram Hajdu em seu melhor, analisando o impacto das novas tecnologias na arte e na sociedade. Os pianos automáticos do início do século 20, as primeiras máquinas a transformar a música de algo que as pessoas faziam para algo que consumiam, popularizaram o gênero distintivamente negro do ragtime: "Máquinas que faziam música sem ninguém no teclado trouxeram a música negra para lares americanos de todas as raças e classes".
Mais tarde no século, sintetizadores e máquinas de ritmo forjaram os ritmos pulsantes da música house e do hip-hop, gêneros que deram voz a pessoas excluídas da sociedade americana dominante. Hajdu ilustra isso com uma descrição de um clube gay em Manhattan: "No Garage, cerca de 1.400 pessoas por noite podiam dançar juntas, expressando-se em movimentos uníssonos, ao som de batidas persistentes, unidas pela mesma energia e pela força de perseverar."
Ele cita um frequentador do Garage que confidencia que, ao ouvir seus colegas da General Electric falarem sobre como a tecnologia eletrônica funcionava, "eu queria dizer, 'Querido, você não sabe! Venha comigo, e eu vou lhe mostrar como é fazer parte de uma máquina'".
Leia tambémComo o filme 039;O Exterminador do Futuro039; previu há 40 anos nossos medos sobre inteligência artificial Música e audiovisual podem perder R$ 116 bilhões com IA generativa até 2028 Jogo Fortune Tiger Nvidia apresenta modelo de IA que pode modificar vozes e gerar novos sons
Combinar avaliações amplas de tendências sociais com especificidades humanas é característico do estilo de crítica cultural de Hajdu, evidente em livros anteriores.
Hajdu também prefere retratos resumidos para adicionar cor às suas narrativas históricas densamente detalhadas, e "The Uncanny Muse" não é exceção; ele tempera um texto que se torna cada vez mais complexo à medida que avança para a era dos computadores com esboços de personagens marcantes.
Um exemplo notável é o professor de química Lejaren A. Hiller, que programou o computador Illiac de sua universidade para compor música e, em 1956, provocou uma tempestade de controvérsias com uma apresentação da "The Illiac Suite". Hajdu, que em livros anteriores lançou um olhar frio sobre a histeria provocada pela cultura pop, acerta ao examinar as declarações exageradas de que computadores como o Illiac nunca poderiam realmente criar arte e brinca: "A polícia da autenticidade invadiu a festa".
Há uma linha tênue, no entanto, entre desinflar medos exagerados e descartar preocupações genuínas. À medida que o autor avança para a música e a arte visual geradas por computador, o desejo de Hajdu de apresentar uma imagem positiva deixa uma lacuna enorme no que é, de outra forma, um resumo lúcido e instrutivo dos avanços em tecnologia e programação que levaram à IA, o termo cunhado pelo professor de Dartmouth John McCarthy para descrever o potencial das máquinas de aprender e "pensar como seres humanos".
Ele dá relatos vívidos de esforços de pioneiros, como o artista britânico Harold Cohen, que escreveu um programa de computador capaz de gerar arte por conta própria com base nas informações que ele inseriu, e o compositor e músico George Lewis colaborando com um computador programado para improvisar com ele em tempo real. Ele inclui especulações interessantes sobre a arte computacional ser capaz de comunicar "o que significa ser uma máquina", assim como a arte humana comunica o que significa ser humano.
O buraco enorme é a análise das implicações do que Hajdu descreve de forma despreocupada como "o repositório gigantesco de imagens e sons que usuários da web e instituições, públicas e privadas, arquivaram na internet e despejaram no armazenamento em nuvem ao longo dos anos".
Essa é a base para o "aprendizado profundo" de que os computadores requerem para criar arte. Ele escreve uma frase sobre uma ação coletiva por escritores por violação de direitos autorais. Essa é a única menção que reconhece as batalhas sobre a falta de compensação para indivíduos cujas criações fazem parte das montanhas de dados que permitem que programas como o ChatGPT gerem receita para empresas como a OpenAI (uma organização controversa que Hajdu trata com neutralidade estudada).
Texto não é o tema principal aqui, mas música e arte visual geradas por computador também respondem a comandos de texto e dependem de dados que podem ser protegidos por direitos autorais.
Hajdu pode pensar, com alguma justificativa, que esse é um problema grande e complicado demais para ser abordado em um livro que visa abordar de forma geral as interações humano-máquina na arte ao longo dos séculos. Recusar-se a abordá-lo torna seu argumento de que não temos nada a temer da arte gerada por computador menos persuasivo. No entanto, "The Uncanny Muse" oferece muito material para reflexão e bastante espaço para debate.
The Uncanny Muse: Music, Art, and Machines from Automata to AI Preço R$ 180,38 (ebook) | R$ 296,10 (304 págs.) Autoria David Hajdu Editora W. W. Norton amp; Companybenefício do assinante
Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.
Já é assinante? Faça seu login ASSINE A FOLHARecurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
ZA9BET | Cassino & Apostas — Viva uma experiência única de Blackjack & Roleta ao Vivo nas mesas exclusivas daZA9BET!Leia tudo sobre o tema e siga:
arte inteligência artificial Música Tecnologia sua assinatura pode valer ainda maisVocê já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
sua assinatura vale muitoMais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
ASSINE POR R$ 1,90 NO 1º MÊS Envie sua notícia Erramos? Endereço da página https://www1.folha.uol.com.br/tec/2025/02/livro-discute-como-tecnologia-mudou-arte-e-musica-para-melhor-do-seculo-19-ao-surgimento-da-ia.shtml Comentários fortunetigerZA9BET - Casa Legalizada | Cashback em Live Cassino de 5% Termos e condições Todos os comentários Comente Comentar é exclusividade para assinantes. Assine a Folha por R$ 1,90 no 1º mês notícias da folha no seu emailRecurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Direita moderada vence na Alemanha, e apuração confirma ascensão da extrema direitaCom todos os 299 distritos contabilizados, CDU de Merz alcança 28,6% dos votos, enquanto AfD dobra sua votação de 2021
23.fev.2025 às 14h16Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
fourtune tiger Itamar Vieira Junior, autor de 039;Torto Arado039;, terá curso de escrita criativa na CasaFolhaCom mais de 1 milhão de livros vendidos, escritor vai estrear em março na plataforma de streaming
22.fev.2025 às 23h00Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Papa Francisco não teve novas crises respiratórias, mas dá sinais de insuficiência renalSegundo o Vaticano, falha nos rins é leve e está sob controle; pontífice permanece alerta e participou de missa no quarto
23.fev.2025 às 5h23Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.
Modal 500O jornalnbsp;Folha de S.Paulonbsp;(1921 - 2025)nbsp;eacute; publicado pela Empresa Folha da Manhatilde; S.A. CNPJ: 60.579.703/0001-48
NEWSLETTERCadastro realizado com sucesso!
OkPor favor, tente mais tarde!
jogo do tiger OkPowered by fotune tiger @2013-2022 mapa RSS mapa HTML
Copyright Powered by365站群 © 2013-2024